E quando as portas fecham-se?

“Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu.”

Atos 16.6-7
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Quando entendemos que Deus nos chamou para ir aos confins da terra “aos lugares mais distantes” fazemos planos, levantamos intercessores e mantenedores, tiramos documentos e tudo mais que dependa de nós para chegarmos aonde Deus quer. Não devemos ser acomodadas! Devemos estar prontas para avançar! No entanto, Deus é que vai abrir ou fechar portas segundo Sua forma de agir.

No livro de Atos, encontramos o missionário Paulo, que acompanhado de outros, como: Barnabé, João Marcos, Judas (também conhecido como Barsabás), Silas e Timóteo, fazia suas viagens missionárias a fim de fortalecer as igrejas que tinham sido plantadas e abrir novos trabalhos.

Na ânsia de fazer missões, Paulo e seus companheiros queriam ir em todos os lugares para anunciar Jesus. A motivação de seus corações até podia ser correta, no entanto, foram impedidos de pregar a palavra na província da Asia e Bitínia. Só mais tarde, provavelmente enquanto descansavam, Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia suplicava: “Passe à Macedônia e ajude-nos”. Deus os direcionou para um ministério, na Macedônia, que começou com as mulheres que estavam a beira do rio. Talvez elas estivessem ali a lavar roupa, fazer negócios ou porque era um lugar onde cumpriam seus rituais religiosos. Os missionários sentaram e começaram a conversar com as mulheres que lá estavam. Lídia, vendedora de tecido, foi a primeira a converter-se. Foi batizada, bem como os de sua casa. Deus abençoou e o trabalho frutificou.

Eu e meu marido tínhamos em nossos corações o desejo de fazer missões no leste Europeu. Nos apresentamos à Junta de Missões Mundiais a fim de seguirmos, como missionários, para a Romênia. Na altura, pastoreávamos a Igreja Batista em Parque Felicidade (Bangu, no Rio de Janeiro). A igreja sabia que nosso chamado era para missões mundiais e que após dois anos poderíamos ir embora. Servimos com dedicação e amor a esta querida igreja.

Quando nossa primeira filha completou 6 meses, final do ano 2000, participamos do treinamento dos missionários que seguiriam, no primeiro semestre de 2001, para o campo. Quanta emoção, sonhos e expectativas! Fomos aprovados no treinamento, falamos em mais de 60 igrejas, muitas das quais comprometeram-se em apoiar-nos. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e que era necessário, contudo, as portas fecharam-se. Foi difícil entender e aceitar!

Eu precisava de uma resposta de Deus e orei durante alguns meses a respeito do que fazer: continuar insistindo com a Romênia, ir para outra direção ou ficar no mesmo ministério. Por pelo menos 3 meses eu só ouvia silêncio, até que uma serva do Senhor chegou em minha casa e disse: “- Irmã Kellen, eu estava em meu devocional hoje e quando fiz a leitura do Pão Diário lembrei-me de si. Acredito que Deus quer falar-lhe algo”. Orou comigo e foi-se embora.

Naquela página do devocional estava a resposta às minhas orações daqueles últimos meses. Referia-se à passagem de Atos 16. Como um sinal de trânsito, algumas vezes teremos diante de nós a cor verde, que são as portas abertas para avançarmos seguros em Deus. Outras vezes, como a cor vermelha, seremos impedidos de ir para determinada direção porque as portas se fecharão e Deus nos impedirá de avançar. E, ainda outras, ficaremos sem saber para onde ir, se avançar ou esperar, como sinal amarelo. Quando isto acontece, não devemos sair para lado nenhum, mas aquietar-nos e reprogramarmo-nos para produzir os frutos onde estamos.

Com Sua ampla visão de presente e futuro, Deus está a proteger-nos quando as portas se fecham, está a nos preparar e ensinar enquanto aguardamos.

Em meu caso, foram 10 anos a aguardar no sinal amarelo. Esses anos foram muito bem aproveitados, com aprendizados, oportunidades, serviços, crescimento e frutos.

Minha filha estava com 9 anos e meu filho caçula com 5 anos, quando o sinal verde de Deus nos conduziu para Cabo Verde (ilhas do continente Africano). O pedido de um pastor caboverdiano “Passa em Cabo Verde e ajuda-nos!”, chegou até nós através da Junta de Missões Mundiais, que avaliou nosso perfil ministerial nesses 10 anos de experiências e identificou ser propício para ajudar nos desafios deste novo campo.

Deus não brinca conosco! Quando identificamos sua voz e sinais, certamente nos guiará no centro de Sua vontade, pois este é o melhor lugar! Seu desejo é usar-nos quando as portas se fecham, enquanto aguardamos ou quando avançamos com sua bênção para outras direções.

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  1. Como sinto-me e reajo diante de uma porta que Deus fecha?
  2. Compartilhe com alguém sua resposta anterior e orem juntas. Isso trará cura, mais amadurecimento emocional e direção.
  3. Leia Provérbios 16.1 e concentre nele durante este dia.
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Kellen Rangel

Servindo entre culturas desde 2010. Fez sua formação em Missões e Educação Religiosa pelo IBER.

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