5 formas de ensinar os filhos a lidar com as perdas

bonita menina pequena crianca asiatica descansa o queixo em suas maos com sentimentos entediados no tom de cor vintage

Desenvolvendo a resiliência em meio as perdas

Ser mãe multicultural é a união de duas vocações que exigem muita coragem e determinação. Ao longo do caminho, é certo que as perdas inevitavelmente surgirão. Elas são frequentes na realidade do campo transcultural e podem afetar não apenas os obreiros, como também os filhos.

Como mães multiculturais, é importante reconhecermos essas dificuldades, e nos preparar para lidar com elas da melhor forma possível. Eu quero convidar você a explorar algumas estratégias que podemos utilizar para ajudar nossos filhos a enfrentar as inevitáveis perdas que eles vivenciarão ao longo da jornada transcultural.

1. Reconheça as perdas do dia a dia:

ah nao bebezinho africano chorando e esfregando os olhos enquanto esta de pe no sofa de casa 3

Uma das melhores maneiras de preparar seus filhos para as perdas maiores da vida é aproveitar as oportunidades para ajudá-los a enfrentar as pequenas perdas do dia a dia. Por exemplo, se seu filho perder um jogo, uma competição, reconheça a perda e os desafios que ela traz, e incentive-o a se esforçar e a tentar novamente uma próxima vez.

Se perdem um brinquedo especial, reconheça a perda, as suas dificultades, ajude-os a perceber outras formas de diversão para a sua realidade no momento. Ao enfrentar as pequenas perdas diárias, os filhos vão desenvolvendo a resiliência necessária para enfrentar perdas maiores.

2. Ajude no expressar das emoções:

Quando os filhos enfrentam uma perda, é importante que eles aprendam a expressar as suas emoções e sintam-se seguros para fazê-lo. Faça perguntas que os ajude a descobrir como se sentem e incentive-os a falar sobre seus sentimentos, ouça-os com atenção. Demonstre que você pode compreender o que eles estão sentindo.

Adote você mesma o hábito de expressar suas próprias emoções de forma natural e transparente, resistindo à tentação de esconder seus momentos de vulnerabilidade. Isso ajudará seus filhos a reconhecerem seus próprios sentimentos e se sentirem confortáveis para dividi-los com você. No caso do deixar de pessoas queridas ou de pessoas queridas que estão partindo, é importante providenciar um momento para que eles possam se despedir de forma adequada e expressar suas emoções de maneira adequada.

mudar

3. Ensine que as perdas fazem parte da vida:

É importante que os filhos entendam que as perdas são parte da vida humana e que todos passamos por elas em diferentes momentos. Compartilhe suas próprias perdas e como você as enfrentou. Dê à eles exemplos de pessoas próximas que superaram perdas significativas.

Mostre a eles que, mesmo em situações difíceis, há sempre uma oportunidade de aprender com a experiência e tornar-se alguém melhor e mais humano. Explore exemplos bíblicos, conte a eles histórias de homens e mulheres como José e Rute, que escolheram confiar em Deus independentemente das circunstâncias.

4. Incentive a empatia:

lidar com perdas

Perder alguém ou algo que amamos pode ser uma experiência solitária. Ensine seus filhos a demonstrar empatia e compaixão pelas pessoas que estão enfrentando perdas e enfatize sempre a importância de apoiar uns aos outros em tempos de necessidade.

A Bíblia nos fala sobre esse tipo de amor em Romanos 12:15: “Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram“. Uma boa forma de ensinar isso na prática é a oração pelos que passam por perdas, e sempre que possível, quando aprorpiado, levar seu filho com você quando for visitar alguém que está enfrentando uma perda.

5. Ensine-os a viver o luto sem perder a esperança:

A Bíblia nos ensina que o luto é uma parte importante do processo de cura e não há nada de errado em expressar tristeza e perplexidade diante da dor de uma perda. O próprio Jesus chorou com suas amigas Maria e Marta quando elas perderam seu irmão Lázaro (João 11:35-36).

vista lateral menino triste sentado dentro de casa

A Bíblia também nos fala, em Eclesiastes 3:4, que como toda fase, o luto deve passar um dia – “Há um tempo de chorar e um tempo de rir, um tempo de prantear e um tempo de dançar“. Ensine seus filhos que, embora a perda possa ser dolorosa, ela não é permanente e que Deus promete um futuro infinitamente melhor e mais feliz para aqueles que O amam.

É importante que ensinemos nossos filhos a expressar sua dor, sem perder, no entanto, a esperança em um futuro melhor e mais feliz que nos aguarda por toda a eternidade: “E Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.” Apocalipse 21:4-5 

Como sabemos, a tarefa de um obreiro multicultural vai muito além de pregar o evangelho e servir entre os povos para os quais fomos chamados. Ela também inclui a formação espiritual e emocional dos filhos e apresenta desafios bem específicos no que se refere à difícil tarefa de ensiná-los a lidar com as perdas que irão enfrentar ao longo do caminho.

Aprender a confiar no cuidado de Deus mesmo em meio às dores é uma experiência transformadora e abre o caminho para um relacionamento mais profundo e maduro com Ele. Dessa forma, os nossos filhos e filhas poderão experimentar a certeza do amor e da graça incondicionais de Deus mesmo em meio às circunstâncias mais dolorosas, firmando de forma inabalável sua confiança nAquele que é o Autor e Consumador da nossa fé.

grupo de criancas amigos abracados sentados juntos

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Débora é professora de Francês, Graduada em Secretariado e pós-graduada em Antropologia e Jornalismo Digital.
Em 2014 ela se mudou com seu marido e os filhos do casal para o Senegal, onde desenvolvem projetos de ensino, empreendedorismo social e desenvolvimento comunitário.

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Debora Pessoa Melo

 É professora de Francês, Graduada em Secretariado e pós-graduada em Antropologia e Jornalismo Digital.
Em 2014 ela se mudou com seu marido e os filhos do casal para o Senegal, onde desenvolvem projetos de ensino, empreendedorismo social e desenvolvimento comunitário.

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